47>Peru-Moray e Maras>13.08.09 janeiro 16, 2010
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Ficha Técnica
Localidade: Chinchero | Urubamba – Peru
Data: 13 de agosto de 2009
Distância Total: 29 km, em 4 horas
Reabastecimento d’água: sim
Sinal de Celular: Não
Tipos de via:
-estrada de terra: 30%
-estrada de terra vicinal: 25%
-trilha em campo: 30%
-estrada de Asfalto: 15%
Navegação: guiada
Nível de Dificuldade: médio
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Um giro pela cultura Inca
Este relato se trata de um btt guiado, nas vizinhanças de Cusco, Peru. Para quem se destina ao Vale Sagrado e à famosa cidade Inca Machu Picchu, vale a dica: reserve um dia para este passeio. Ruínas, cultura ancestral, visuais e btt de primeira.
Recomenda-se contratar na véspera o serviço, que inclui as btts, equipamento de segurança, o transporte, lanche e guia. Várias agências de turismo oferecem o pedal. A maioria se concerntra nos arredores do cartão postal de Cusco, a Plaza de Armas. Não se preocupe muito sobre que empresa escolher, porque no fim das contas as agências se juntam e você fará o tour com outras pessoas que contrataram através das mais diversas operadoras. Ou seja, você precisa mesmo é só de sorte, pra não cair nas mãos de picaretas – que infelizmente não são raros.
O passeio começa por volta de 9 da manhã, onde você escolhe uma bicicleta, capacete, luvas e sai pedalando alguns minutos pelas ruas da belíssima Cusco, em direção ao local onde os micro-ônibus com destino à Chinchero e Urubamba aguardam passageiros. Rapidamente as btts são içadas ao teto do primeiro transporte disponível e os ciclistas dividem apertados assentos com o povo local.
Partimos e o cenário urbano logo dá lugar aos campos, plantações, vales e sinuosos caminhos. Ao fim do horizonte, destacam-se as descomunais paredes Andinas, algumas cobertas de neve, ultrapassando os 5 mil metros de altitude. Seguimos viagem, que dura cerca de 30 minutos, sempre ouvindo pelos auto-falantes do ônibus, num volume absurdo, a tradicional música Peruana, cantada normalmente por vozes femininas. Incrível como lá as cantoras são muito mais frequentes que os cantores.
Saltamos alguns minutos após a pequenina Chichero, num trevo da estrada asfaltada. Retiradas as btts e revisados os últimos detalhes, recomeçamos o rolé. A partir de agora serão 29 kilômetros até a próxima carona, em Urubamba.
Começamos descendo pelo asfalto, poucas centenas de metros, até a primeira entrada à esquerda, onde um estradão de terra nos aguardava. Plantações, burros e mulas, rebanhos de ovelhas e até porcos volta e meia aparecem no caminho.
O relevo desta primeira parte é bastante plano, com apenas pequenas ondulações. Grandes montanhas nevadas nos rodeiam todo o tempo.
Com cerca de uma hora chegamos nas ruínas de Moray. Estas representam os vestígios do que era uma espécie de laboratório agrícola dos Incas. Inúmeros terraços desenhados em formas circulares e concêntricos, construídos de pedra, onde em cada nível estes povos plantavam diferentes espécies vegetais, muitas trazidas de outras regiões, e podiam simular alterações de altitude, clima, umidade e temperatura. Tudo isto objetivando a escolha dos locais de plantios de cada alimento em sua civilização. Um eficiente sistema de irrigação através de canalização de um córrego próximo completava Moray. Povo esperto esses Incas.
Um pouco de história e cultura passada por nosso guia e o passeio prossegue. Agora abandonamos o estradão e entramos numa via bem estreita e esburacada. Algumas pinguelas, trechos erodidos, trilhas próximas de riachos e discretas matas ciliares. As primeiras íngremes descidas e subidas já ocorrem e a técnica btt é exigida para evitar o pé no chão e conseqüente empurra bicicleta.
Mais alguns prazerosos minutos e chegamos ao quase desértico vilarejo de Maras. Algumas ruas, casas simples, sem reboco e um sol a pino. Parada apenas pra algumas fotos. Sequer um comércio aberto.
Vamos desta vez por uma rápida, empoeirada e sinuosa trilha. Sempre descendo, em direção às salinas. À medida que nos aproximamos, o percurso se torna cada vez mais técnico e de single tracks, cortando rente às encostas bastante escarpadas, praticamente desprovidas de vegetação. Curvas muito fechadas e precipícios sempre nos fazendo companhia.
Chegando às salinas, mais algumas explicações sobre o local, parada para lanche e descanso. Estas se traduzem em diversas minas compostas por piscinas completamente brancas, pelo sal extraído das montanhas. Um visual realmente bem diferente, para nós que no Brasil estamos acostumados com o mineral proveniente dos oceanos.
Retomamos a pedalada, serpenteando pela trilha que desce o vale, pela lateral esquerda do córrego até as margens do Rio Urubamba. Este é um rio caudaloso, de um verde muito bonito e ligeiras corredeiras. É mesmo uma pena estar tão poluído. Fazemos sua travessia por uma pitoresca ponte e mais um par de minutos já podemos alcançar novamente o asfalto.
O trecho final é margeando a rodovia que nos conduzirá ao terminal rodoviário do município de Urubamba. Lá, novamente bicicletas sobre ônibus, assentos desconfortáveis e mais músicas de “cholas”, no último volume!! Tudo isto faz parte do passeio… Ah, mas o visual compensa tudo. Tudo mesmo.
Abandonamos o transporte desta vez na entrada de Cusco, na parte que talvez seja a mais alta da cidade, para podermos continuar trajeto ladeira abaixo, próximo ao horário do por do sol, presenteados pelas cores e formas incríveis no céu Peruano. Grande modo de concluir um ótimo passeio. Já na Plaza de Armas, despeço-me dos companheiros e sigo feliz ao backpacker.
Moray não era um centro de plantio e sim um centro de observação astronomico, foi confirmado por especialistas da Nasa. A principio achavam q era algum centro de pesquisa agrícola até a Nasa verificar. Por meio desses círculos eles estudavam todas as fases da lua, e os “círculos” tem o formato de um útero.
Olá moças,
bem, deste modo fui enganado pelo guia peruano! Acho q eles tao precisando de uns cursos de reciclagem.. rss
Vou checar essas infs entao. De todo modo, obrigado pela observacao.
bttgeraes